Como mitigar o impacto das baterias no meio ambiente

É de conhecimento geral que as baterias chumbo-ácido, pelos seus componentes de valor contaminante e perigoso, chamam atenção quando o assunto é meio ambiente. Neste artigo iremos abordar os impactos que os resíduos de bateria podem gerar e como realizar a destinação final adequada para esse tipo de produto.

Conforme citamos em nosso outro artigo sobre a história das baterias, as baterias chumbo-ácido foram inventadas em 1860 por Planté. De 1860 até hoje, esse tipo de bateria foi evoluindo em diversos aspectos, fazendo com que essa tecnologia seja, ainda hoje, uma das mais confiáveis e utilizadas do mercado, atendendo às mais diversas aplicações, como uso em automóveis e aplicações estacionárias como nobreak, telecomunicações e armazenamento de energia.

 

 

Composição de uma bateria chumbo-ácido

Uma bateria chumbo-ácido é composta basicamente por 3 grandes componentes: chumbo, ácido sulfúrico e materiais plásticos.

  • Chumbo

O chumbo está presente na forma de chumbo metálico, ligas de chumbo e dióxido de chumbo, que compõem as placas positivas e negativas, além das grades da bateria. O chumbo é responsável por cerca de 80% da composição da bateria.

  • Ácido Sulfúrico

O ácido sulfúrico está presente no eletrólito na forma de solução aquosa, em uma densidade que varia entre 1,200 e 1,300 g/cm³.

  • Materiais plásticos

Os materiais plásticos normalmente são feitos de ABS e compõem o vaso e tampa da bateria.

Componentes contaminantes da bateria

O chumbo está associado a disfunções no sistema nervoso, ósseo e circulatório. Por ter baixa solubilidade, o método de absorção pelo ser humano se dá principalmente por via oral e respiratória.

O chumbo se encontra na natureza acumulado em minério como resultado dos processos de diferenciação que ocorreram durante a evolução do planeta. Sua disseminação no ambiente se dá através da atividade humana que, ao longo dos anos, vem utilizando o chumbo em grande escala em tintas, tubulações, combustíveis, na pesca e na indústria bélica.

O risco de exposição a compostos de chumbo no interior das fábricas de baterias existe em praticamente todos os setores diretamente ligados à produção. Com isto, o uso de equipamento de proteção individual é obrigatório. Além disso, por questões da legislação trabalhista, deve ser realizado acompanhamento periódico do nível de chumbo na circulação sanguínea em todos as pessoas que trabalham com chumbo.

O segundo composto mais importante da produção de baterias é o ácido sulfúrico. Ele é empregado na produção de massa, na formação das baterias e no acabamento.

Uma fábrica de baterias chumbo-ácido deve possuir um sistema de drenagem onde todo o líquido em seu interior é direcionado para tanques de decantação e neutralização, reduzindo a acidez e abaixando a solubilidade de compostos de chumbo e resultando em um efluente praticamente isento de chumbo.

Reciclagem de baterias

Este processo, que no passado era feito manualmente, é feito de forma automática atualmente. As sucatas de baterias são quebradas e passam por um processo de separação baseada na densidade: os compostos de chumbo são separados da matéria plástica e o efluente líquido é neutralizado. O material plástico é reaproveitado na fábrica de caixas e tampas e o material contendo compostos de chumbo segue para o refino, onde será processado e do qual será extraído novamente o minério de chumbo.

Através de diversos processos químicos no refino, é possível obter o chumbo em sua forma praticamente pura (99,99%), transformado-o em lingotes de chumbo para ser usado novamente na fabricação de novas baterias no Brasil posteriormente.

 

 

No Brasil, o IBAMA monitora e gerencia todos os fabricantes/importadores em relação à quantidades de chumbo em peso que importada e comercializada e à quantidade que é enviada para as usinas de reciclagem. É importante citar que a Resolução do CONAMA nº 401 de 2008 estabelece diversas regras e procedimentos no que diz respeito à disposição de baterias chumbo-ácido inservíveis, incluindo os teores máximos de mercúrio e cádmio na composição da bateria, além das regras de logística reversa para baterias esgotadas energeticamente.  Dentro desta regulamentação podemos destacar:

“No final de vida útil desta bateria, o usuário deverá entregá-la ao Revendedor/Distribuidor, que a enviará ao fabricante para procedimentos de destinação final adequada”

Ou seja, o usuário final tem por obrigação devolver a bateria para a cadeia de distribuição do produto, para que seja encaminhada para destinação final adequada pelo fabricante/importador responsável pela comercialização da bateria.

A OPT, tendo em vista a responsabilidade ambiental e criticidade sobre esse tema, faz gratuitamente o recolhimento e destinação final adequada de baterias chumbo-ácido inservíveis em todo o território nacional, fornecendo ainda o termo de responsabilidade ambiental que isenta o cliente da responsabilidade sobre as baterias descartadas, atendendo, assim, a todas as exigências do CONAMA e IBAMA.

Para descartar e reciclar a sua bateria, basta entrar em contato com nossa equipe comercial, através do e-mail vendas@newmax.com.br ou do telefone (11) 3392-4500, informando a quantidade e o peso aproximado de sucata. Nossa equipe entrará em contato para confirmação e agendamento para retirada da sucata no local de armazenamento.